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Proteja-se contra a Herpes-Zóster

A Herpes-Zóster, também conhecida como cobreiro, é uma infecção viral causada pela reativação do vírus Varicela-Zóster, o mesmo vírus que causa a catapora (varicela). Após a recuperação da catapora, o vírus permanece adormecido no sistema nervoso, especificamente nos gânglios nervosos, podendo reativar-se anos ou até décadas depois, causando a Herpes-Zóster. Essa condição é caracterizada por uma erupção cutânea dolorosa que geralmente afeta um lado do corpo ou do rosto, seguindo o trajeto de um nervo, o que resulta em uma distribuição típica em faixas. A reativação do vírus Varicela-Zóster e o desenvolvimento da Herpes-Zóster estão frequentemente associados a um enfraquecimento do sistema imunológico. Isso pode ocorrer devido ao envelhecimento, o que explica por que a Herpes-Zóster é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Além disso, condições que comprometem o sistema imunológico, como HIV, câncer ou tratamentos imunossupressores, também aumentam o risco de desenvolver Herpes-Zóster. Estresse e traumas físicos ou emocionais também podem ser fatores desencadeantes. Os primeiros sintomas da Herpes-Zóster geralmente incluem dor, formigamento, ou ardor em uma área específica do corpo, que precede o aparecimento das lesões cutâneas. Em seguida, surgem pequenas bolhas que se agrupam em faixas, principalmente no tronco, mas também podem aparecer no rosto, especialmente ao longo de um olho, o que pode causar complicações graves, como a ceratite (inflamação da córnea), que pode levar à perda de visão. As bolhas eventualmente rompem-se, formando crostas que, após algumas semanas, caem, deixando cicatrizes. A dor pode variar de moderada a intensa, e em alguns casos, pode persistir mesmo após a cura das lesões cutâneas, um quadro conhecido como neuralgia pós-herpética. A neuralgia pós-herpética é uma das complicações mais debilitantes da Herpes-Zóster, caracterizada por dor intensa e persistente na área afetada, que pode durar meses ou até anos. Essa condição ocorre porque o vírus danifica as fibras nervosas durante a infecção, resultando em sinais de dor exagerados e prolongados. A neuralgia pós-herpética é mais comum em idosos e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, dificultando atividades diárias e o sono. Outras complicações da Herpes-Zóster incluem infecções bacterianas secundárias das lesões cutâneas, perda auditiva, paralisia facial, e problemas neurológicos como encefalite (inflamação do cérebro). A disseminação do vírus pelo corpo, conhecida como Herpes-Zóster disseminada, é rara, mas pode ocorrer em pessoas com o sistema imunológico extremamente comprometido, levando a complicações graves, como pneumonia, hepatite e morte. O diagnóstico da Herpes-Zóster é geralmente clínico, baseado na história dos sintomas e no exame físico. As características típicas das erupções cutâneas e a distribuição ao longo de um dermátomo (área da pele inervada por um único nervo) facilitam o diagnóstico. Em casos atípicos ou complicados, testes laboratoriais, como a reação em cadeia da polimerase (PCR) ou a cultura viral, podem ser utilizados para confirmar a presença do vírus Varicela-Zóster. O tratamento da Herpes-Zóster visa reduzir a gravidade e a duração dos sintomas, prevenir complicações e acelerar a cicatrização das lesões. Os antivirais, como o aciclovir, valaciclovir, e famciclovir, são mais eficazes quando iniciados nas primeiras 72 horas após o aparecimento das erupções cutâneas. Eles ajudam a reduzir a replicação viral, diminuem a dor e aceleram a cura das lesões. Analgésicos, tanto de venda livre quanto prescritos, podem ser necessários para controlar a dor aguda. Em casos de neuralgia pós-herpética, o tratamento pode incluir medicamentos anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, anestésicos tópicos, ou opióides, dependendo da intensidade da dor. A prevenção da Herpes-Zóster é possível com a vacinação. A vacina contra o herpes-zóster, disponível em duas formulações principais – a vacina de vírus vivo atenuado e a vacina recombinante – demonstrou reduzir significativamente a incidência de Herpes-Zóster e a gravidade das complicações, especialmente a neuralgia pós-herpética. A vacinação é particularmente recomendada para adultos com 50 anos ou mais, independentemente de terem tido ou não episódios anteriores de Herpes-Zóster. A conscientização sobre a Herpes-Zóster e suas complicações é crucial para incentivar a vacinação e o tratamento precoce. Embora a Herpes-Zóster não seja uma condição contagiosa no sentido clássico, a exposição ao vírus pode causar catapora em pessoas que nunca tiveram a doença ou não foram vacinadas. Assim, as pessoas com Herpes-Zóster devem evitar o contato com indivíduos suscetíveis, como gestantes, recém-nascidos, e pessoas imunocomprometidas, até que as lesões estejam completamente cicatrizadas. Em resumo, a Herpes-Zóster é uma condição que pode ter um impacto significativo na qualidade de vida, especialmente em idosos e indivíduos imunocomprometidos. A reativação do vírus Varicela-Zóster, que permanece latente no sistema nervoso após a infecção inicial por catapora, pode resultar em uma erupção cutânea dolorosa e complicações como a neuralgia pós-herpética. A vacinação é a medida preventiva mais eficaz disponível, e o tratamento precoce com antivirais pode minimizar os sintomas e acelerar a recuperação. É fundamental que a população esteja ciente dos riscos associados à Herpes-Zóster e das opções de prevenção e tratamento disponíveis para reduzir o impacto dessa doença.

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