Município contabiliza 10 mortes em 2023 e investiga se outras cinco foram causados pela doença
A cidade de São Paulo registrou 13.509 casos de dengue confirmados no ano de 2023, um aumento de 14,3% na comparação com o mesmo período no ano passado. Os dados são do último boletim epidemiológico divulgado pela secretária de saúde essa semana.
O município contabiliza 10 óbitos por dengue e ainda investiga se outros cinco foram causados pela doença.
A Secretaria municipal de Saúde informou que realiza ao decorrer do ano ações para prevenir e combater a proliferação do mosquito. São feitas visitas casa a casa, vistorias em imóveis e pontos estratégicos, além de bloqueios de criadouros.
A dengue é uma arbovirose transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. A doença pode causar sintomas graves, como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas e vômitos.
O número de casos de dengue no Rio de Janeiro aumentou 457% em 2023, em comparação com o ano anterior, conforme a última atualização do painel do Observatório Epidemiológico da Prefeitura do Rio de Janeiro, divulgado nesta segunda-feira (18).
Esse é o maior aumento percentual desde a epidemia de dengue de 2015, quando o número de casos aumentou 679% em relação ao ano anterior.
Já em Minas Gerais e Espírito Santo estão sob alerta de epidemia de dengue. A projeção para 2024 é de escalada de casos nas duas regiões, assim como no Centro-Oeste, Paraná e Nordeste.
O Ministério da Saúde anunciou investimento de R$ 256 milhões em ações de combate às arboviroses, como dengue, chikungunya e zika. Os recursos serão destinados às secretarias estaduais e municipais da saúde para compras de testes, remédios e equipamentos.
A pasta também vai instalar a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente para monitoramento em tempo real dos locais com maior incidência dessas doenças. O objetivo é preparar o Brasil para uma alta de casos nos próximos meses.
A estimativa preocupante das autoridades está atrelada a dois fatores: os efeitos do El Niño e as mudanças climáticas, que causam chuvas e calor acima da média, e a confirmação da circulação da dengue tipo 3, que não havia registro de casos no país há 15 anos.
O Ministério da Saúde anunciou no último dia 21 a incorporação da vacina contra a dengue ao SUS. A vacina, chamada Qdenga, é o primeiro imunizante contra a doença a ser oferecido em um sistema público de saúde universal.
A vacina será disponibilizada inicialmente para um público-alvo prioritário, que será definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). A previsão é que sejam entregues 5,082 milhões de doses em 2024.
O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. A vacina é indicada para pessoas de 4 a 60 anos, independentemente de exposição prévia ao vírus.
*Com informações de Felipe Souza, da CNN em São Paulo
Fonte: CNN
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